SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A diretora da Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) de Campinas, Andrea Von Zuben, afirmou no UOL News que não há motivo para pânico sobre os casos de febre maculosa.
“De verdade, não é uma doença de grande prevalência e nem muito transmissível, não terão muitos casos. É uma doença que se caracteriza por ter poucos casos”, disse Andrea Von Zuben, diretora da Devisa
“Não é motivo para pânico”, disse Andrea
Ela diz que não é necessário se apavorar caso tenha tido contato com um “monte de carrapato” e o sinal de alerta deve ser aceso se teve febre alta.
Não faz mal. Agora, se teve febre em até 15 dias, é melhor contar para o médico. O médico está desatualizado, acha que não tem nada a ver e continua preocupada? Ligue para a vigilância municipal”.
Andrea também deu dicas de como remover o carrapato que esteja em contato com uma pessoa.
Quando você vai para uma região de mata, o repelente não é tão efetivo, mas ajuda. A roupa clara e calça cumprida é bacana porque é mais fácil de ver o carrapato. A cada uma hora, é legal inspecionar bem o corpo”.
Achou o carrapato? O ideal é pegar uma pinça e, em rotação, tirar o carrapato com calma. Antigamente, tinha gente que falava de fogo ou produto químico, mas não, quando usamos uma coisa mais agressiva contra o carrapato, ele inocula a bactéria. Ideal é tirar com calma”.
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O QUE É FEBRE MACULOSA?
Comum na região Sudeste do Brasil, a febre maculosa é causada pela bactéria Ricketsiia rickettsii, transmitida pelo carrapato-estrela. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre, náuseas, vômitos, cansaço e fadiga.
A transmissão acontece principalmente em áreas de mata. Praticantes de esportes radicais ou pessoas que moram nessas regiões devem ficar atentos. O período de reprodução dos carrapatos começa em março e atinge seu pico entre junho e outubro.
Não existe transmissão de uma pessoa para outra. Se o contato com carrapato na pele for por um tempo maior que quatro horas, é fundamental procurar um médico para investigar os sintomas.
Embora se desenvolva de forma rápida, a doença tem cura e pode ser tratada com antibióticos, acompanhamento médico e internação.
Autor(es): / FOLHAPRESS