Esclerose tuberosa: o que é, sintomas, causas e tratamento

Esclerose tuberosa é uma doença genética que forma tumores no corpo, causando sintomas como manchas na pele, convulsões e atraso no desenvolvimento. O tratamento varia conforme os sintomas.

**Esclerose Tuberosa: O Que É, Sintomas, Causas e Tratamento**

A esclerose tuberosa, também conhecida como doença de Bourneville, é um distúrbio genético raro que causa o crescimento de tumores não cancerosos em várias partes do corpo, incluindo o cérebro, coração, rins, pele, e olhos. Esta condição pode variar significativamente em gravidade; em alguns indivíduos, causa sintomas menores, enquanto em outros pode levar a complicações sérias. Neste artigo, exploraremos em detalhe os principais sintomas da esclerose tuberosa, como a doença pode ser confirmada e as opções de tratamento disponíveis.

Principais Sintomas

Os sintomas da esclerose tuberosa podem variar amplamente, dependendo da localização e do tamanho dos tumores. Os primeiros sinais costumam aparecer na infância ou na adolescência, mas em casos leves, a doença pode não ser diagnosticada até a idade adulta.

Um dos sintomas mais comuns é o desenvolvimento de lesões cutâneas, que podem variar em aparência. Manchas brancas, denominadas manchas hipomelanóticas, são comuns e podem aparecer em qualquer parte do corpo. Formações semelhantes à acne, conhecidas como angiofibromas, podem surgir na face, especialmente ao redor do nariz e das bochechas.

Tumores conhecidos como astrocitomas subependimários podem se formar no cérebro, causando problemas neurológicos. Pacientes podem sofrer de convulsões, atrasos no desenvolvimento e desafios comportamentais, como hiperatividade e dificuldades de aprendizagem.

Outro sintoma comum é o envolvimento renal, que pode variar desde cistos benignos a angiomiolipomas, aumentando o risco de funcionamento renal inadequado ao longo do tempo.

Como Confirmar

Confirmar um diagnóstico de esclerose tuberosa envolve um processo detalhado devido à variedade de sintomas possíveis. Normalmente, a avaliação diagnóstica começa com uma história clínica completa e um exame físico focado na procura por sinais físicos da doença.

A imagiologia é uma ferramenta diagnóstica chave. Ressonâncias magnéticas (RM) ou tomografias computadorizadas (TC) do cérebro podem identificar astrocitomas subependimários, enquanto ecografias renais ou tomografias podem detectar a presença de cistos ou angiomiolipomas nos rins.

Exames oftalmológicos detalhados são realizados para procurar por hamartomas retinianos, que são tumores na retina, característicos da esclerose tuberosa.

Testes genéticos também desempenham um papel crucial, uma vez que mais de 80% dos casos de esclerose tuberosa são causados por mutações nos genes TSC1 ou TSC2. A identificação dessas mutações ajuda a confirmar o diagnóstico, mesmo em indivíduos sem sintomas evidentes.

Como é Feito o Tratamento

Embora não exista cura para a esclerose tuberosa, seu tratamento visa gerenciar os sintomas e minimizar o risco de complicações. Uma equipe multidisciplinar, incluindo neurologistas, dermatologistas, nefrologistas e outros especialistas, costuma ser necessária para oferecer uma abordagem de cuidado integral ao paciente.

O tratamento das epilepsias associadas à esclerose tuberosa é uma prioridade, podendo incluir medicações antiepiléticas e, em alguns casos, cirurgia para remover tumores cerebrais que causam convulsões refratárias.

Agentes mTOR, como o everolimus, têm-se mostrado promissores no tratamento de alguns aspectos da doença, incluindo angiofibromas faciais, tumores cerebrais e renais. Esses medicamentos atuam regulando o crescimento celular, potencialmente reduzindo o tamanho dos tumores.

Intervenções dermatológicas, como a laserterapia, podem ser utilizado para tratar lesões cutâneas, melhorando a qualidade de vida e a autoestima do paciente.

Para os pacientes com envolvimento renal significativo, medidas de monitoramento e tratamento são adaptadas com base na severidade, podendo incluir a embolização de angiomiolipomas grandes para prevenir sangramentos ou intervenções cirúrgicas em casos avançados.

A esclerose tuberosa é uma condição complexa e variável, exigindo um plano de tratamento personalizado baseado nas necessidades individuais do paciente. O avanço nas pesquisas e tratamentos continua a melhorar a qualidade de vida e perspectivas para aqueles afetados por esta doença desafiadora.

Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, sempre consulte um médico.

Compartilhe: