RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Defesa Civil do Rio Grande do Sul já registra sete mortos pela passagem de um ciclone extratropical pelo litoral do estado. Outras oito pessoas estão desaparecidas. Até a manhã deste sábado (17), 2.330 pessoas estavam desabrigados e 602, desalojadas.
O ciclone provocou chuva ininterrupta e diversos estragos desde a noite de quinta-feira (15) no estado, sobretudo na região leste –que abrange, além do litoral, parte da serra gaúcha, a região dos vales e a região metropolitana de Porto Alegre.
Segundo a Defesa Civil, 40 municípios foram afetados. As mortes ocorreram em São Leopoldo (2), Maquiné , Novo Hamburgo, Caraá e Bom Princípio, com uma cada. Os desaparecimentos foram registrados em Caraá (6) e Maquiné (2).
Os últimos dois registros de mortes foram informados pouco antes do meio-dia. Em Bom Princípio, a vítima foi um idoso de 73 anos, cujo carro caiu no Rio Caí. Em Caraá, a vítima ainda não foi identificada.
Em alguns municípios, a quantidade de chuva ultrapassou em quase duas vezes o previsto para o mês. Foi o caso de Maquiné, no litoral norte, onde choveu mais de 290 milímetros, enquanto o esperado para o mês de junho é o acúmulo de 140 a 180 milímetros.
Mesmo com a diminuição das chuvas no estado, diversos trechos de estradas seguem interditados, alguns com bloqueio total da via, de acordo com o Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem do governo estadual.
O órgão diz que “está mobilizando as equipes responsáveis pela conserva das rodovias afetadas a fim de reestabelecer as condições de tráfego o mais breve possível”.
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) prevê tempo nublado na região afetada, mas não há alertas sobre novas chuvas.
Em Santa Catarina, uma embarcação com pelo menos 12 tripulantes naufragou na noite de sexta. A região estava sob alerta de ressaca emitido pela Marinha do Brasil, diante das fortes chuvas provocadas pelo ciclone extratropical.
Autor(es): NICOLA PAMPLONA / FOLHAPRESS