PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – O ciclone extratropical que atinge o sul do Brasil desde quarta-feira (14) e causou estragos e morte no Rio Grande do Sul também causou danos em Santa Catarina. O município de Praia Grande, na fronteira sul do estado, foi o mais atingido pelo fenômeno, na noite de quinta (15) e madrugada de sexta (16), e decretou situação de emergência.
De acordo com a prefeitura, mais de metade das vias do município de cerca de 7.300 habitantes se tornaram corredeiras, o que foi potencializado pelo rompimento de encanamentos e adutoras pelo temporal. Pela manhã, o município estava com o serviço de fornecimento de água interrompido.
Praia Grande tem um vasto território rural -superior a 20 quilômetros quadrados- e é conhecida como a capital catarinense dos cânions, entre os quais o Itaimbezinho, que fica no limite com o município gaúcho de Cambará do Sul. A cidade fica a 280 km de Florianópolis.
Por estar situada na bacia do rio Mampituba, que divide os dois estados do sul e tem como afluentes outros seis rios, Praia Grande é propensa a enchentes quando há grande volume de chuva. Segundo a Defesa Civil catarinense, a força da chuva fez com que a correnteza de alguns deles se invertesse.
Cerca de 70 pessoas ficaram desabrigadas e foram levadas ao ginásio municipal, transformado em abrigo. Ao longo da madrugada, todavia, a situação melhorou no município conforme se agravou no Rio Grande do Sul, com o deslocamento do ciclone.
Em Florianópolis, a preocupação com a chuva e com a chegada do ciclone levou a prefeitura a cancelar aulas na última quarta (14). Houve alagamentos em alguns bairros, mas sem gravidade.
Em Praia Grande, as aulas foram canceladas até a próxima terça (19).
Nesta sexta-feira, as aulas foram suspensas também em Araranguá, Balneário Gaivota, Ermo, Jacinto Machado, Passo de Torres, Timbé do Sul e Turvo.
Conforme a Polícia Rodoviária Federal, às 15h30, não havia registro de ocorrências em rodovias federais catarinenses em razão do ciclone.
Autor(es): CAUE FONSECA / FOLHAPRESS